Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Enfarpeladasocumveu

Enfarpeladasocumveu

Could changes in thinking skills be reversible dementia?

Sometimes the causes for dementia are linked to medication side effects and underlying conditions.

 

 

 

We use the term "dementia" to describe a number of conditions that cause permanent thinking skills changes, such as memory loss and confusion. The most common kind of dementia is Alzheimer's disease, which is characterized by clumping proteins that get tangled in and around brain cells, eventually causing them to die. The second most common type of dementia is vascular dementia, caused by decreased blood flow to the brain from atherosclerosis—the accumulation of fatty deposits on artery walls.

Once dementia strikes, the damage is permanent, and we don't have many treatment options. So, before a diagnosis is made, it's crucial to rule out whether the causes for dementia are actually reversible conditions.

Reversible dementia

According to the Harvard Special Health Report Living Better, Living Longer: Taking steps now to ensure a happier, healthier future, a small percentage of dementia cases may be reversible dementia if treatment begins before permanent brain damage occurs. That's why it is important to report changes in your thinking skills to a doctor as early as possible.

A doctor would first rule out potential causes for dementia that are due to underlying conditions, such as poor sleep, depression, urinary tract infections, tumors, strokes, dehydration, and malnutrition.

Other underlying conditions that may be causes for dementia symptoms include the following.

  • Medication side effects. Some medications can impair cognitive (thinking) skills as a side effect. The prime suspects are a group of drugs called anticholinergics, found in many over-the-counter and prescription medications. These include treatments for incontinence, such as oxybutynin (Ditropan); depression, such as amitriptyline (Elavil); muscle spasms, such as cyclobenzaprine (Flexeril); and allergies, such as diphenhydramine (Benadryl). Taking several of these medications can intensify the side effect.
  • Vitamin B12 deficiency. Vitamin B12 is crucial for the functioning of nerve cells, and a deficiency can lead to an apparent case of dementia. This vitamin is plentiful in eggs, dairy, meat, fish, and poultry. However, with age, a person becomes less efficient at absorbing it from food into the bloodstream.
  • Normal-pressure hydrocephalus (NPH). This condition is an excess of cerebrospinal fluid around the brain. It occurs in about 700,000 elderly people. Symptoms of NPH are often diagnosed as normal aging, Alzheimer's disease or Parkinson's disease, according to the Hydrocephalus Association . In addition to developing dementia, people with NPH often lose bladder control and walk in a slow, hesitant manner, as if their feet are stuck to the floor. A surgically implanted tube (shunt) that drains this excess fluid from the brain brings rapid improvement.
  • Subdural hematomas. Hematomas are blood clots caused by bruising. Elderly people sometimes develop them after a very minor (and, therefore, often forgotten) head injury. As blood oozes into a closed space, the hematoma enlarges and begins to interfere with brain function.
  • Thyroid disease. Both overproduction and underproduction of thyroid hormones can cause dementia-like symptoms.

What to expect

Treating underlying conditions may resolve thinking skills problems. However, a more thorough cognitive evaluation may be necessary. That could involve cognitive testing conducted by a neuropsychologist; or an MRI to see if a structural problem, such as a stroke or tumor, is causing memory and thinking problems.

If someone does not have reversible dementia, the doctor may prescribe a medication to help control symptoms of dementia; and also exercise or more social involvement, which are both known to improve thinking skills. Finding answers sooner than later will allow more time to prepare if memory and thinking skills are truly declining.

– By Heidi Godman
Executive Editor, Harvard Health Letter

 

 

 

 

 

 

“Bullying” na infância tem consequências futuras

 

O “bullying” durante a infância poderá acarretar consequências duradouras negativas para a saúde, apurou um estudo da Universidade de Pittsburgh (EUA) que seguiu um grupo de mais de 300 homens desde o início da escola primária até aos 30 e poucos anos.

Considerando que o “bullying” leva a interações interpessoais stressantes, tanto para os perpetradores como para as vítimas, a equipa pôs como hipótese o facto de uns e outros correrem um maior risco de problemas de saúde relacionados com o stresse. Para testar a sua teoria, a equipa recrutou participantes do Estudo sobre a Juventude de Pittsburgh (“Pittsburgh Youth Study”) que incluía 500 rapazes que tinham frequentado as escolas públicas daquele estado norte-americano em 1987-8. Mais de metade dos rapazes eram negros e quase 60 por cento recebia apoios financeiros.

Os investigadores recolheram informação junto das crianças, pais e professores sobre comportamentos relacionados com “bullying” quando os rapazes tinham entre 10 e 12 anos, assim como efetuaram avaliações regulares sobre fatores de risco psicossociais, biológicos e comportamentais para o declínio da saúde.

A equipa conseguiu anos mais tarde recrutar mais de 300 participantes no estudo original, os quais foram analisados relativamente a níveis de stresse, historial médico, alimentação e exercício físico e estatuto socioeconómico, tendo a maioria também efetuado análises ao sangue, avaliações inflamatórias e medidas de altura e peso. Foi apurado que tanto os perpetradores como as vítimas de “bullying” na infância apresentavam fatores de risco para uma saúde física debilitada.

Mais especificamente, os rapazes autores de “bullying” tendiam a ser mais agressivos e a fumar na idade adulta, que são fatores de risco para as doenças cardiovasculares e oncológicas. Já as vítimas apresentavam uma propensão para terem mais dificuldades financeiras, menores rendimentos, experiências de vida mais stressantes e de sentirem que eram tratados de forma injusta, também fatores de risco para as doenças cardiovasculares.

Julho 29, 2017 - Publicado em Estudos sobre a Criança

 

Notícia da http://www.paisefilhos.pt/ de 12 de julho de 2017.

 

Para saber mais aqui ou em Childhood bullying linked to health risks in adulthood

AS ARMAS BIOLÓGICAS CONTRA A ANSIEDADE

As armas biológicas contra a ansiedade

A notícia da Harvard Health Publications aborda o papel da dieta para ajudar a controlar a ansiedade. Nesta notícia é referido que além das diretrizes saudáveis, como comer uma dieta equilibrada, beber bastante água para ficar hidratado, evitar álcool, etc., há muitas outras considerações dietéticas que podem ajudar a aliviar a ansiedade. Por exemplo, os hidratos de carbono complexos são metabolizados mais lentamente e, portanto, o seu consumo ajuda a manter durante mais tempo um bom nível de açúcar no sangue, o que cria tranquilidade. Por outro lado, uma dieta rica em grãos integrais, legumes e frutas é uma opção mais saudável do que comer uma grande quantidade de carboidratos simples encontrados nos alimentos processados. É importanta também não "pular" refeições. Fazer isso pode resultar em níveis de açúcar no sangue que fazem sentir-se nervoso(a), o que pode agravar a ansiedade subjacente. A ciêcnia estuda ainda a relação entre o eixo intestino - cérebro, uma vez que uma grande percentagem (cerca de 95 %) dos receptores da serotonina são encontrados no revestimento do intestino. A investigação está a examinar o potencial de probióticos para o tratamento de ansiedade e depressão.

OS ALIMENTOS QUE AJUDAM A CONTROLAR A ANSIEDADE

- Os alimentos naturalmente ricos em magnésio podem ajudar uma pessoa a sentir-se mais calma. Temos como exemplo: folhas verdes tais como espinafre,outros legumes, nozes, sementes e grãos integrais.

- Os alimentos ricos em zinco, tais como ostras, castanhas de caju, fígado, carne, e gemas de ovos têm sido associados à ansiedade reduzida.

- Outros alimentos, incluindo peixes gordos como o salmão selvagem do Alasca, contêm ácidos gordos ômega-3, que pode ajudar a reduzir a ansiedade.

- Comer alimentos ricos em propriedades probióticas, tais como picles, podem ajudar a ter menos sintomas de ansiedade. 

- Os Espargos, amplamente conhecido para ser um vegetal saudável é considerado um alimento que pelas suas propriedades é o "alimento" tipo anti-ansiedade.

- Os alimentos ricos em vitaminas do complexo B, como abacate e amêndoas

 

OS ALIMENTOS «ANTI-OXIDANTES», E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A ANSIEDADE

Os alimentos ricos em antioxidantes podem ajudar a aliviar os sintomas da ansiedade excessiva.

Os alimentos designados como ricos em antioxidantes pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos incluem :

- Feijão

- Frutas: Maçãs (Gala , Granny Smith, Red Delicious), ameixas, cerejas, ameixas, ameixas pretas

- Frutos vermelhas: Amoras, morangos, mirtilos, framboesas 

- Frutos secos: nozes - Legumes: alcachofras, couve, espinafre , beterraba e brócolis

- Especiarias: gengibre

 

Este artigo foi escrito com base nos pressupostos de uma «psiquiatria nutricional», área em crescimento no mundo.

Este texto foi uma tradução e adaptação do original para português. Consulte a fonte original para dúvidas.

 

Artigo retirado de: http://www.saudementalpt.pt/

 

 

 

Como o genoma de 14 esqueletos portugueses antigos conta a história das invasões na Idade do Bronze

Através da sequenciação dos primeiros genomas completos de amostras pré-históricas portuguesas, uma equipa repleta de cientistas portugueses fez a reconstituição histórica das misturas populacionais na Península Ibérica há cerca de 4000 anos, na transição para a Idade do Bronze.

 

Enterramento no sítio arqueológico Torre Velha 3, perto de Serpa
Fotogaleria

Há cerca de 7500 anos, os primeiros agricultores estavam a chegar à Península Ibérica, vindos da Anatólia – e estes, por sua vez, tinham vindo do Crescente Fértil, onde a agricultura foi inventada há cerca de dez mil anos. Esses primeiros agricultores ibéricos foram-se misturando com os caçadores-recolectores que já cá viviam. Depois, há cerca de 4500 anos, chegavam à Europa do Norte e do centro cavaleiros nómadas vindos das estepes da Europa de Leste e da Ásia, onde se dedicavam à pastorícia. A questão era: será que os cavaleiros-pastores das estepes euro-asiáticas também vieram para a Península Ibérica e se reproduziram com as populações que aí se encontravam – por exemplo, com os primeiros agricultores, que se pensa terem vindo por mar, viajando junto à costa?

Tenham viajado de barco ou a cavalo, tenham sido caçadores-recolectores, agricultores ou pastores, a história populacional da Península Ibérica e das suas migrações pode ser desvendada com a ajuda da genética. Foi isso que aconteceu agora com o trabalho do geneticista português Rui Martiniano desenvolvido durante o seu doutoramento no Trinity College de Dublin (Irlanda) e que actualmente trabalha no Instituto Sanger, em Cambridge (Reino Unido). O resultado é a reconstituição da história genética da Península Ibérica na transição para a Idade do Bronze, num artigo científico publicado esta quinta-feira na revista PLOS Genetics em que Rui Martiniano, de 31 anos, é o primeiro autor e inclui arqueólogos e antropólogos de várias universidades portuguesas (de Coimbra, Lisboa e Algarve), bem como de duas empresas, a Palimpsesto – Estudo e Preservação do Património Cultural e a ERA Arqueologia.

Esta viagem ao passado populacional do território onde fica agora Portugal foi possível porque, antes de mais, foi sequenciado o genoma de 14 esqueletos antigos. Estes esqueletos, de oito sítios arqueológicos (da região de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e Algarve), datam desde o Neolítico Médio (4200-3500 a.C.) até à Idade do Bronze Média (1740-1430 a.C.). Dito de outra forma, têm desde 6200 até 3430 anos. Para fazer comparações, a equipa usou ainda dados publicados sobre genomas antigos de humanos 

da Eurásia (incluindo amostras de Espanha), com idades que iam desde os 27 mil até aos 2000 anos. E, ainda, dados públicos do genoma de quase duas mil pessoas actuais de todo o mundo.

PÚBLICO -
Aumentar

O ADN dos 14 esqueletos foi descodificado no Trinity College de Dublin: “Das 14 amostras sequenciadas, foi possível obter genomas completos de sete amostras. Isto significa que sete amostras tiveram cerca de 100% do seu genoma sequenciado pelo menos uma vez”, conta ao PÚBLICO Rui Martiniano. “Apresentamos pela primeira vez genomas completos de amostras pré-históricas ‘portuguesas’”, frisa o investigador, dizendo que os restos mais antigos sequenciados têm à volta de seis mil anos. “Esta investigação, além de revelar os primeiros genomas completos da pré-história portuguesa, reflecte o potencial de abordagens interdisciplinares na reconstrução da história genética das migrações humanas, ao envolver investigadores de várias áreas: geneticistas, antropólogos e arqueólogos”, diz a bioantropóloga Ana Maria Silva, da Universidade de Coimbra e também da equipa, citada num comunicado sobre o trabalho.

Migrações a cavalo

Viajemos agora até ao final do Neolítico e o início da Idade do Bronze, que na Península Ibérica foi há cerca de 4000 anos. Nessa altura, a Europa do Norte e do centro já estava a receber uma migração maciça de pessoas das regiões das estepes da Europa de Leste e da Ásia. Por essa altura também, já estava a ser domesticado o cavalo na Ásia Oriental e nos territórios que hoje fazem parte do Sul da Rússia (pensa-se que o antepassado selvagem do cavalo doméstico foi o tarpã, já extinto).

“Quando os cavalos foram domesticados no final do período Neolítico, provavelmente eram criados como animais que forneciam alimento, uma vez que foram encontrados em locais arqueológicos ossos partidos, juntamente com vestígios de outros restos de comida. Mas não deve ter demorado muito até os primeiros agricultores [e pastores] descobrirem que os cavalos podiam ser montados, carregados com bens para transportar e treinados para puxar carroças”, escreveu a zooarqueóloga Juliet Clutton-Brock, especialista em domesticação, no seu livro História da Domesticação dos Animais – Dos Primórdios à Actualidade, de 1999.

“É provável que os bovinos tenham sido utilizados antes dos cavalos para arar e também para a tracção, mas assim que o cavalo se estabeleceu como meio de transporte o modo de vida dos seres humanos foi alterado. Isto aconteceu, segundo parece, surpreendentemente tarde, durante o segundo milénio antes de Cristo [há cerca de quatro mil anos] e apenas um milénio antes [há cerca de cinco mil anos] no Sul da Rússia e na Ásia Oriental”, contextualiza o livro. “O mundo estava aberto aos cavaleiros que podiam viajar para toda a parte e, com a ajuda dos desenvolvimentos posteriores nas técnicas de guerra, podiam conquistar novas terras para onde se deslocassem.”

Por isso, quando perguntamos a Rui Martiniano se as pessoas das estepes vieram para a Europa de cavalo, ele responde: “Sim, terem o cavalo domesticado foi o que lhes permitiu viajarem distâncias tão grandes.”

Da genética às línguas

Ora o que conta o genoma dos 14 esqueletos antigos “portugueses”, bem como a sua comparação com as outras amostras pré-histórias euro-asiáticas e modernas de todo o mundo, é precisamente que aqueles invasores provenientes das estepes ficaram-se mais pelo Norte e pelo centro da Europa, em vez de virem para a Península Ibérica.

Estudos genéticos de outras equipas já tinham revelado, em 2015, a existência dessas grandes migrações das estepes para o Norte e centro da Europa. Essas pessoas que migraram contribuíram bastante o genoma das populações que viviam ali. Agora, o novo estudo mostra que, na Península Ibérica, essas migrações das estepes foram muito mais reduzidas. “Em contraste com outras regiões europeias”, refere Rui Martiniano, segundo o comunicado, “apenas detectámos uma mudança genética muito subtil durante a transição do Neolítico para a Idade do Bronze, em resultado de migrações ou do contacto com outros povos fora da Península Ibérica”.

PÚBLICO -
Foto
O geneticista Rui Martiniano

Portanto, nesta história de migrações e invasões chegaram novas pessoas e os seus genes a algumas regiões – o que significa que houve sexo para que tivessem ocorrido trocas genéticas visíveis agora nas amostras de ADN analisadas, pelo menos em algumas. Mas as migrações populacionais também podem conter uma história de transmissão cultural, de tecnologias e conhecimento. Neste caso agora, a equipa sustenta que a presença dos invasores das estepes mais no Norte e centro da Europa e menos na Península Ibérica terá tido implicações na transmissão das línguas.

“Pensa-se que estas migrações da Idade do Bronze espalharam as línguas indo-europeias por toda a Europa”, diz Rui Martiniano, de que são exemplos o inglês, alemão, espanhol, português ou o mirandês. “Tendo em conta que essas migrações foram reduzidas na Península Ibérica, este fraco fluxo populacional poderá explicar a permanência de línguas não indo-europeias nesta região, como o euskera no País Basco, que ainda é falado actualmente”, acrescenta o geneticista. “As línguas indo-europeias não foram espalhadas na Península Ibérica com tanta intensidade naquela altura.”

Como sabemos, as línguas indo-europeias acabaram por se disseminar pelo mundo, mas o euskera sobreviveu até hoje na fronteira entre Espanha e França como uma língua pré-indo-europeia. “Tem sido sugerido que as línguas indo-europeias se espalharam através de migrações pela Europa a partir da região central das estepes, um modelo que encaixa nestes resultados”, refere um outro comunicado sobre este trabalho.

De todo este manancial genético, a equipa também extraiu informações sobre a evolução da estatura das populações humanas. Para isso, regressemos aos primeiros agricultores do Neolítico. Este ano, uma equipa liderada por cientistas do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), da Universidade do Porto, e da Universidade de Huddersfield, no Reino Unido, avançou com um artigo sobre a rota “marítima” seguida pelos agricultores do Neolítico até à Península Ibérica. Em diversas bases de dados genéticas, esta equipa, de que Luísa Pereira (do i3S) foi uma das coordenadoras, procurou marcas nos nossos genes (que continuam presentes) da chegada à Península Ibérica de populações vindas do Médio Oriente.

PÚBLICO -
Aumentar

E concluiu que um pequeno grupo veio do Médio Oriente e chegou primeiro à Península Itálica, onde se misturou com as populações locais. Depois, viajou pela costa, até chegar à Península Ibéria há cerca de 7500 anos, onde voltou a misturar-se com as populações que aí viviam e iniciar a substituição da cultura dominante dos caçadores-recolectores pela agricultura e a domesticação de animais. Baseando-se em achados de cerâmica, o arqueólogo português João Zilhão, da Universidade de Barcelona, também já tinha defendido a importância do Mediterrâneo para a entrada do Neolítico na Península Ibérica e que a Península Itálica teria servido de interposto. Essa rota de expansão da agricultura foi assim diferente da que seguiu por terra para o resto da Europa, onde há cerca de quatro mil anos já estava disseminada.

Pela genética, pôde então ver-se que a revolução da agricultura no Neolítico na Península Ibérica foi iniciada com a chegada de gente nova e dos seus genes. “Houve uma migração pronunciada, que veio da Anatólia. Não foi [só] uma transmissão cultural: não foram os caçadores-recolectores a adoptar a agricultura”, diz Rui

Martiniano.

Acontece que os primeiros agricultores da Anatólia tinham uma predisposição genética para serem mais baixos do que os caçadores-recolectores, que existiam na Europa. Por outro lado, os cavaleiros das estepes euro-asiáticas da Idade do Bronze tinham uma predisposição para serem mais altos.

“As populações de hoje em dia na Europa têm alturas marcadamente diferentes. Os portugueses, espanhóis ou italianos – as populações do Sul europeu – tendem a ser mais baixas. As populações do Norte, especialmente os holandeses e alemães, tendem a ser muito altas. Isto depende de factores ambientais, como a alimentação, mas também factores genéticos”, refere Rui Martiniano. “O nosso estudo diz que as migrações do Neolítico provenientes da Anatólia são responsáveis por uma estatura mais baixa. Note-se que as populações do Sul europeu têm mais ancestralidade do Neolítico do que as populações do Norte da Europa.” Este trabalho também confirma os resultados da equipa de Iain Mathieson, da Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), na revista Nature em 2015, como conta o investigador português: “As populações da estepe durante a Idade do Bronze tiveram um papel fundamental no aumento da estatura aquando da sua expansão para a Europa.”

E é assim que uma parte da história dos movimentos migratórios na Europa, dos primórdios da agricultura, da expansão de línguas e da estatura das populações ficou agora um pouco mais esclarecida, graças ao contributo do ADN de 14 esqueletos antigos de Portugal. 

 

 Público

 

SINAIS PRECOCES DE UM POSSÍVEL QUADRO DE PSICOSE

A RA1SE, um projeto de investigação do National Institute of Mental Health (EUA), publicou uma ficha informativa, em Janeiro de 2016, na qual são indicados alguns sinais que poderão ser insipientes de um problema de saúde mental futuro, como um quadro de psicose, uma doença mental grave.

Traduzimos e adaptamos para a língua portuguesa a listagem dos vários sinais de aviso apresentada, a qual se segue.

☐ Descida preocupante do desempenho escolar ou profissional;

☐ Dificuldade em pensar claramente ou em se concentrar;

☐ Desconfiança, idéias paranóides ou mal-estar em relação aos outros;

☐ Isolamento social e permanência a sós mais do que o habitual;

☐ Ideias incomuns, e surgimento avultado de novas ideias, presença de sentimentos estranhos ou não ter sentimentos de todo;

☐ Declínio no auto-cuidado ou na higiene pessoal;

☐ Dificuldade em dissociar a realidade da fantasia;

☐ Discurso confuso ou problemas de comunicação.

A nota informativa ainda alerta para que a presença de só alguns destes itens, pode não ser significativo, o contrário de a pessoa apresentar vários destes itens, critério para se procurar ajuda imediata para a pessoa que padece dos mesmos. Um técnico qualificado, um psicólogo, um psiquiátra, ou um assistente social treinado, pode ser capaz de ajudar.

Nós ainda fazemos nota, que a maioria das vezes a pessoa doente não tem consciência do seu estado. Mais uma razão para procurar ajuda e a encaminhar!

 

in http://www.saudementalpt.pt/